quarta-feira, 1 de julho de 2009

Desde o ínicio....

Esta bela crônica feita pelo nosso amigo Paulinho que é um dos fundadores de nossa peleja sabadal, estará, em breve, integrada ao perfil do nosso Blog.


Um dia eu sonhei em ter uma chácara para jogar futebol com os amigos. Muitos dirão que é porque eu nunca tive futebol suficiente para jogar em outro lugar, o que não deixa de ser um pouco verdade. Imaginava que juntaria algumas pessoas e que isso duraria alguns poucos anos.
No final de 1987, isso foi possível graças ao meu pai, com a compra da chácara no Convívio “Bonne Vie”, no Campestre. Durante alguns meses, o Sr. Armando e os filhos cuidaram do gramado, para que ele pudesse estar em condições de jogo o mais rápido possível. No segundo semestre de 1988 o campo estava pronto.
Então, começamos a convidar algumas pessoas do nosso círculo de amizade, para que pudéssemos jogar as primeira “peladas” de sábado à tarde.
Com o passar do tempo, os amigos passaram a convidar os amigos e assim, aos poucos, a “turminha do futebol” foi se formando. Além dos irmãos Paschoalini, alguns dos primeiros participantes foram o Cláudio Pavan, o Sacilotto e o Carlinhos Pereira. No começo era difícil, pois tinha que resolver a equação de não deixar de faltar gente, mas também não permitir a entrada de pessoas em grande quantidade, para não desvirtuar os objetivos da turma. Com a intenção de preservar a unidade do grupo, sei que cometi muitos erros. Por diversas vezes confundi firmeza com excesso de autoridade e sei também que cheguei a magoar muita gente. Coisas de quem não tinha experiência e jogo de cintura.
Quando chovia muito na sexta-feira, não tinha jogo no sábado, pois era uma maneira de preservar o único campo que tínhamos. Com o passar do tempo, ao invés de apenas um campo para os jogos, passamos a ter mais dois e depois, ainda, um outro. Por um determinado período tivemos quatro campos de futebol para jogar. Foram o início das “peladas sabadais” itinerantes. O gramado não está bom aqui, jogaremos lá, então.
Depois de 21 anos, não consigo ter a mínima idéia de quantas pessoas já passaram por essa turma. Foram algumas centenas. Alguns vieram por algum tempo e foram embora. Outros foram embora e depois voltaram. Tem até quem foi embora para nunca mais voltar, pois já repousa na eternidade. O mais importante são aqueles que vieram e permanecem até hoje. Não tenho dúvida que ficou o que tivemos de melhor. Não tecnicamente falando, mas o que tem de melhor como gente, como ser humano.
Vieram a fazer parte do grupo, pessoas com qualidade e capacidade de liderança, que não só me mostraram como lidar com as pessoas que lá estavam, mas também ajudaram a dividir a responsabilidade de estabelecer regras simples para uma melhor convivência. Sou grato a eles, pois ajudaram a tirar o “fardo” das minhas costas.
Graças a essas pessoas, temos um grupo onde a bola passou a ser um ponto de partida, que nos une até hoje. Um objeto importante, mas não algo imprescindível. Se quiserem colocar em dúvida a amizade que nos une, basta lembrar do grave acidente que envolveu três pessoas do nosso grupo. A bola foi deixada de lado para entrar em campo gestos de solidariedade que eu nem imaginava que pudessem acontecer.
Agora, prestes a completar a “maioridade” da turma, vale destacar também as atividades e eventos extra-campo, que atraem um grande número de pessoas e familiares. São incontáveis churrascos, Flash nigth, Noite do queijo e vinho, Festa junina e a Noite da Pizza, entre outros eventos.
Na era da internet, o local dos jogos e os detalhes das festas hoje em dia são tratados através de e-mail. Não bastasse tudo isso, agora temos o Blog do Lupy, iniciativa do Marcelo, que nem é de Piracicaba. Confesso que ao tomar conhecimento do Blog fiquei verdadeiramente emocionado. Jamais imaginei que aqueles primeiros “joguinhos” sem compromisso tomariam tamanha proporção.
Fico feliz em ter sido um dos primeiros “tijolos” dessa construção, mas um único tijolo não passa de um tijolo, se, não fossem os demais “tijolos” e, principalmente, a “argamassa” da amizade que nos une, não haveriam as “colunas” de harmoniosa convivência para sustentar o “teto” de algo maior que abriga tudo isso.
Para finalizar, pode parecer estranho, para aqueles que não conhecem o espírito do grupo, ter um blog com o nome de um cão e não um outro nome qualquer. Essa é mais uma prova de desprendimento e irreverência da turma. Se olharmos atentamente para o verdadeiro Lupy veremos que trata-se da mais pura expressão de simplicidade. Além do mais, quer algo mais fiel, gratificante e sincera do que a amizade de um cãozinho?
É por essa e outras que o blog está “bom pra cachorro”.

Paulinho Paschoalini

2 comentários:

  1. Esse Paulinho Poeta Paschoalini não é fraco, não!!! Parabéns pelo resgate de nossa memória futebolística sabadal !!! Continue assim se dedicando à Literatura, que você chega lá. Já no futebol...

    ResponderExcluir
  2. Eduardo ( O Melhor goleiro da Chacara )5 de julho de 2009 às 13:46

    Parabéns pelo texto paulo
    e continue escrevendo mesmo pq no
    futebol vc ainda nao melhorou muito

    ResponderExcluir

 
Counter